ESTRUTURALISMO LEVI STRAUSS E FUNCIONALISMO
No campo dos estudos da antropologia e do mito, o trabalho foi levado a diante por Claude Lévi-Strauss, no período imediato à II Guerra Mundial, que divulgou e introduziu os princípios do estruturalismo para uma ampla audiência, alcançando uma influência quase que universal, fazendo com que o seu nome, o de Lévi-Strauss, não só se confundisse com o estruturalismo como se tornasse um sinônimo dele. O estruturalismo virou "moda" intelectual nos anos 60 e 70. Os livros de Strauss tiveram um alcance que transcendeu em muito aos interesses dos especialistas ou curiosos da antropologia. Desde aquela época o estruturalismo de Lévi-Strauss tornou-se referência obrigatória na filosofia, na psicologia e na sociologia. Embora o etnólogo da época não desse um valor privilegiado à história (sendo ela, de certa forma, indiferente para este caso), pode-se entender a antropologia estrutural como um método de tentar entender a história de sociedades que não a têm, como é o caso das sociedades primitivas.
Enquanto a ciência racionalista e positivista do século XIX desprezava a mitologia, a magia, o animismo e os rituais fetichistas em geral, Lévi-Strauss entendeu-as como recursos de uma narrativa da história tribal, como expressões legitimas de manifestações de desejos e projeções ocultas, todas elas merecedoras de serem admitidas no papel de matéria-prima antropológica. Mesmo que eles, os mitos, nada revelavam sobre a ordem do mundo, serviam muito para entender-se o funcionamento da cultura que o gerou e perpetuou.
O objetivo de Strauss era provar que a estrutura dos mitos era idêntica em qualquer canto da Terra, confirmando assim que a estrutura mental da humanidade é a mesma, independentemente da raça, clima ou religião adotada ou praticada. Contrapondo o mito à história, ele separou as sociedades humanas em “frias” e “quentes”, formando então a seguinte classificação delas:
SOCIEDADES FRIAS (PRIMITIVAS): Encontram-se "fora da história", orientando-se pelo modo