ESTRUTURALISMO, GERATIVISMO E FUNCIONALISMO
O ESTRUTURALISMO teve seu marco inicial no século XX quando o linguista Ferdinand de Saussure publicou o Cours de Lingüistique.
"A língua é um sistema em que todas as partes podem e devem ser consideradas em sua solidariedade sincrônica" (SAUSSURE, 1969, p.102). Foi então a partir dessa predileção pelos estudos sincrônicos da linguagem que se baseou a linguística estruturalista., vale apresentar algumas das distinções suscitadas por Saussure, no ponto de vista de Maurice Leroy (1971): a primeira delas é a distinção entre língua (langue) e fala (parole), a língua é a parte social da linguagem em que o indivíduo falante não pode modificá-la, sendo um fenômeno externo a ele; e a fala, diz respeito ao ato linguístico particular psicofisiológico de cada um. Sobre o signo lingüístico, Saussure (1969, p. 18) diz que "a língua é conhecida como um sistema de Signos"; ele faz uma conexão entre um significante (imagem acústica) e um significado (conceito), cuja relação de ambos define-se em termos paradigmáticos e sintagmáticos. E finalmente, uma das principais discussões suscitadas pelo linguista, foi a proveniente da distinção entre o estudo sincrônico de uma língua, que consiste na descrição da estrutura de uma língua em certo momento no tempo; e o diacrônico, que nada mais é do que a descrição histórica de uma língua, que leva em consideração os diversos estágios sincrônicos dessa mesma língua. Saussure, portanto, considerou mais importante os estudos sincrônicos, pois, acreditava ele, que o estudo sincrônico da língua revelava sua estrutura essencial, para o linguista: "a língua não é um conglomerado de elementos heterogêneos; é um sistema articulado, onde tudo está ligado, onde tudo é solidário e onde cada elemento tira seu valor de sua posição estrutural."
Saussure propôs a apreensão de toda a língua como um sistema, dentro do qual cada um de seus elementos não são definidos, a não ser pelas