Estruturalismo Cepalino de Celso Furtado e os emergente
Prof. Dr. Rodrigo Luiz Medeiros Silva
Aluno: Mauricio Rofre Izzo. Nº USP - 7551582
São Paulo, 12 de Dezembro de 2012.
O Estruturalismo Cepalino de Celso Furtado e o surgimento de emergentes segmentos sociais (as ditas novas classes medias) no Brasil.
Celso Furtado é um autor controverso no debate intelectual brasileiro, oscilando de uma posição intelectual quase hegemônica a uma recusa formal de suas teses. Seus primeiros textos, principalmente depois da publicação de Formação Econômica do Brasil, tiveram grande impacto no debate econômico do período e influenciaram a produção acadêmica da geração de intelectuais que se formaram entre os anos 60 e 70. Nos anos 80 e 90, Furtado passou à categoria de clássico, como um autor necessário para compreender a realidade das décadas que trataram o desenvolvimentismo e a transição da economia mercantil para a economia industrial.
Após a conquista da independência, muitos países latino-americanos sofreram com um período de desordem, causada pela instabilidade econômica e política. A economia da época era predatória e débil frente às oscilações do mercado mundial; os países eram meros fornecedores de matérias-primas e as relações de produção eram medievais. Aqueles que foram se estabilizando para atender as demandas da Europa e dos EUA,se especializaram na produção de um determinado produto para exportação. A especialização primária, porém, trazia desvantagens para esses países, havendo deterioração dos termos de troca.
Percebia-se, dessa forma, que tal estrutura levaria a uma assimetria eterna entre os países periféricos e centrais. Era preciso desenvolver modelos industriais substitutos e formas mais eficazes de desenvolvimento autônomo para a América Latina. Com a criação da ONU em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, essas discussões começaram a ser desenvolvidas. Assim, nascia a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe