Estrutura e organização da educação brasileira
Vale lembrar que alterações curriculares acabam representando objetos de grande destaque para discussão na maioria das reformas no âmbito escolar, talvez por representarem uma etapa de concretude visível ao serem colocadas em prática na sala de aula, onde os professores e os estudantes são os atores principais. Apesar deste contexto de particularização do trabalho na escola, dentro das salas de aula, devemos lembrar que a organização escolar envolve ideias, opiniões e tradições advindas de seus vários componentes. Assim, inúmeros são os setores da sociedade (como universidades, grupos de pesquisas, organizações não governamentais, meios de comunicação, etc.) que acabam influenciando na organização da escola e, consequentemente, do seu currículo disciplinar. Atualmente, sob a influência de diversos meios como fatores formativos do currículo escolar, a escola tem papel ímpar de formação das políticas do que deve ser ensinado no Brasil, o currículo. Notamos que políticas educacionais brasileiras dos diversos períodos históricos foram influenciadas por regionalismos culturais, socioeconômicos e históricos, levando a diversas reinterpretações dos mais variados documentos oficiais que tinham como objetivo guiar o ensino brasileiro. Neste contexto, não basta conhecer teoricamente as legislações que permeiam as atividades de ensino. Faz-se necessário saber também sobre o contexto histórico em que as mais diversas iniciativas governamentais foram tomadas, para que se entenda um pouco mais sobre certas características dos diversos períodos do sistema educacional brasileiro e seja possível aproveitar as experiências bem sucedidas, evitando reincidir nos erros passados. Assim, para compreender um pouco das marcas dos movimentos das políticas governamentais em nosso sistema educacional, é válido rever alguns aspectos históricos das principais mudanças educacionais