Estrutura textual

* Noção de estrutura
Juntamente com elementos temáticos que as relações intratextuais garantem um texto coeso, temos elementos estruturais, ou seja, aqueles que determinam a organização do texto. Juntos esses elementos dispõe metodicamente as partes de um todo. Quando a função se junta no texto, que é a forma, qualquer elemento passa a desempenhar uma função, e essa função determina o seu significado no texto em que se integra. As noções de forma e função se juntam e formam a noção de estrutura, como um edifício se erguendo com massa e tijolo. Dessa forma a qualidade do edifício depende da harmonia em que massa e tijolos são montados, da mesma maneira, se estrutura um texto, que depende exatamente dessa harmonia que diferenciam e limitam entre si.
As unidades linguísticas então estruturadas em diferentes níveis é uma unidade de nível fonológico que integra um nível imediatamente superior – o nível morfológico – que possibilita a formação de novas frases. A palavra por sua vez, é uma unidade de nível morfológico que se pode constituir uma frase, alcançando o nível sintático. Esse principio foi defendido por Halliday e Hasan, observamos na estrutura uma condição essencial para o que os autores chama de “textura”.

* Relações de equivalência e relações de hierarquia
No nível sintático, as estruturas mantêm relações ou de equivalência ou de hierarquia, ou seja, de coordenação e de subordinação. A coordenação opera-se de duas formas. Uma que é explicita, realizada por meio de um vinculo sintático – uma conjunção (e, mas, ou, pois, logo) ou um advérbio (assim, então etc.). Outra que é implícita, e efetiva-se por simples justaposição. No seu sentido mais amplo, coordenar é “colocar junto” – o que se faz tanto intra como extra textualmente - , assim como na sucessão de imagens de um filme ou na extensão de um quadro, por exemplo. “Onde há fala, discurso seguido, há necessariamente sequencia encadeamento, em suma, ‘coordenação de frases’”.
G Antoine.
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