Estrutura Primária de Proteínas
Uma proteína consiste numa (ou várias) cadeias longas obtidas por reacção de condensação de aminoácidos (cadeia peptídica). A sua estrutura primária consiste na sequência dos aminoácidos constituintes. As estruturas secundária, terciária e quaternária de uma proteína, de que falaremos em seguida, são determinadas pela sua estrutura primária, pelo que é fundamental avaliar como a natureza dos aminoácidos e as características da ligação peptídica determinam a estrutura tridimensional de uma proteína.
Estrutura
Os aminoácidos apresentam uma estrutura geral que consiste num grupo amino, um grupo carboxílico e uma cadeia lateral R, de dimensão e características variáveis, ligados a um carbono saturado (Cα). Podem ser encontrados 20 diferentes aminoácidos em proteínas. O aminoácido mais simples é a glicina em que R= H pelo que a glicina é o único aminoácido opticamente inativo. Os restantes aminoácidos apresentam estereoisómeros verificando-se que é incorporado em proteínas o isómero levógiro (L). Dependendo do grupo funcional, as cadeias laterais podem ser alifáticas, aromáticas, ácidas (carga negativa) , básicas (carga positiva) ou polares. A prolina é um aminoácido especial em que a cadeia lateral está ligada ao azoto da cadeia principal.
Propriedades
A estrutura tridimensional de uma proteína é determinada pela sequência dos aminoácidos constituintes, mais concretamente por interações não covalentes como ligações de hidrogénio, interações eletrostáticas e hidrofóbicas, empilhamento pi ou, no caso da prolina, por efeitos geométricos impostos pelo aminoácido. É importante assim analisar como as características dos aminoácidos determinam estas interações.
Dimensão
Se imaginarmos uma proteína como um puzzle tridimensional, a importância da dimensão dos aminoácidos é imediata. O interior de uma proteína tem uma densidade comparável à de sólidos orgânicos, ou seja, o empacotamento da proteína é um