Estrutura formal e Materialidade
O projeto de H&deM para transformar a antiga Central elétrica de Mediodía em um Centro de Artes, inicialmente, teve alguns problemas como, por exemplo, a necessidade em ampliar os espaços internos e também de retirar a imagem pesada que sua parede de tijolos antiga passava, transmitindo um efeito de espaço escuro e pouco convidativo. Deste modo, a solução encontrada foi construir pavimentos superiores, elevando o prédio, além de criar um novo espaço subterrâneo.
Para manter a identidade do prédio, Herzog & de Meuron decidiram manter a sua fachada, apenas aplicando tijolos nos vãos das portas e das janelas, bloqueando-as, além disso realizaram um corte no piso térreo, separando o edifício superior com a parte do subsolo, criando um novo espaço público e revelando a ideia de “Caixa” a quem passa no local.
Térreo: Fachada de tijolos suspensa; nova base de pedra de cantaria, Superestrutura (rede de vigas de aço e paredes) sustenta o revestimento de tijolos, 11 tirantes presos as vigas do segundo andar permitem a ausência de pilares no térreo, teto de aço inoxidável
Subsolo: Dois níveis; Comporta: o anfiteatro, o auditório, áreas de serviço e estacionamentos
1o,2o e 3o pavimentos: Vestíbulo e salas museográficas
4o,5o e 6o pavimentos: restaurante e escritórios administrativos, revestido por uma estrutura de aço oxidado.
Telhado: aço Cor-Ten formando um conjunto de caixas rígidas interligadas e suspensas entre si e por tirantes.
Para compor a obra foram escolhidos materiais com textura e aparência semelhante aos tijolos originais, como afirma Harry Gugger, parceiro de H&deM neste projeto: “We were looking for a material that has the same texture, the same soft surface, and the same color”.
O aço oxidado Cor-Ten, devido ao seu aspecto terroso e enferrujado, assemelhando-se aos tijolos presentes, foi escolhido para revestir a parte superior do prédio, no teto apresenta diversas formas geométricas, fazendo referência