Estrutura de capital
O trabalho objetiva discutir e apresentar os aspectos conceituais da estrutura ótima de capital. A escolha da estrutura de capital de uma empresa constitui-se em uma decisão difícil, que envolve fatores diversos e antagônicos, como risco e lucratividade. Essa decisão torna-se mais difícil ainda quando a economia em que a empresa estiver operando apresentar alto grau de instabilidade. Sendo assim, a escolha entre a proporção ideal de recursos próprios e capitais de terceiros pode afetar tanto o valor da empresa quanto as taxas de retorno.
Qualquer expansão de uma empresa demanda capital, que pode ser proveniente de dívida ou de capital patrimonial. A dívida apresenta duas vantagens importantes. A primeira é que os juros pagos são dedutíveis de impostos, provocando, assim, uma redução de custo efetivo da dívida. A segunda é que os detentores da dívida recebem um retorno fixo, portanto os acionistas não precisam dividir os lucros caso o negócio seja extremamente bem-sucedido.
A dívida, no entanto, também apresenta desvantagens. A primeira é que, quanto maior o índice de endividamento, maior risco da empresa e, consequentemente, maior o custo tanto do financiamento com dívida como com capital patrimonial. A segunda desvantagem é que, se a empresa passar por dificuldades financeiras e o lucro operacional não forem o suficiente para cobrir as despesas com os juros, os acionistas terão de suprir a deficiência e, caso não o façam, a empresa poderá falir.
Vários fatores influenciam a decisão de estrutura de capital, e, como veremos ao decorrer do trabalho, a determinação da estrutura de capital ótima não consiste em uma ciência exata. Assim, até as empresas do mesmo setor são dotadas de estruturas de capital distintas.
1 A ESTRUTURA DE CAPITAL-ALVO
As empresas devem, antes, analisar vários fatores e, depois, estabelecer a estrutura de capital-alvo. Esse alvo pode sofrer mudanças ao longo do tempo conforme as condições se modifiquem, contudo, a