ESTRUTURA DAS FORMAS VERBAIS
Dentre os morfemas estudados em Fonética/Fonologia, três participam da estrutura das formas verbais: o radical, a vogal temática e as desinências.
Radical: morfema que concentra o significado essencial do verbo:
Estud-ar
Vend-er
Permit-ir
Observe que, para obter o radical de um verbo, basta eliminar as duas últimas letras do infinitivo. Contudo, atente-se para os casos de verbos prefixados, ou seja, há situações em que prefixos poderão se antepor aos radicais:
Re-vend-er
Des-permit-ir
Vogal Temática: morfema que permite a ligação entre o radical e as desinências. Na língua portuguesa, há três vogais temáticas – o que indica a quantidade de conjugações que o verbo pode ter, são elas: a – indica os verbos que pertencem à primeira conjugação: amar, cantar, perdoar, etc. e – indica os verbos que pertencem à segunda conjugação: esquecer, sofrer, viver, etc.
Note que, no português o verbo pôr e seus derivados (supor, compor, repor, etc.) também pertencem à segunda conjugação, uma vez que sua vogal temática é “e”, obtida da forma arcaica poer. i – indica os verbos que pertencem à terceira conjugação: assistir, permitir, decidir, etc.
O conjunto formado por radical + vogal temática recebe o nome de tema. Observe:
SOLTAR: SOLT – radical / A – vogal temática / SOLTA – tema.
Desinências: Morfemas que, acrescentados ao tema, indicam as flexões do verbo. Há desinências número-pessoais e modo-temporais.
As desinências número-pessoais indicam se o verbo está no singular ou plural (número) e se está conjugado na primeira, segunda ou terceira pessoa do discurso. As modo-temporais indicam se o verbo está no indicativo, subjuntivo ou imperativo (modo) e se fora conjugado no presente, pretérito ou futuro (tempo).
Observe a estrutura do verbo falássemos:
FALA – tema (radical + vogal temática)
-SSE – desinência modo-temporal (indica que o verbo está conjugado no subjuntivo e no pretéritoimperfeito)
-MOS – desinência número-pessoal (indica que o verbo está