ESTRUTURA DA LÍNGUA PORTUGUESA
CURSO DE LETRAS
ASPECTOS FONOLÓGICOS DA LÍNGUA
ELIZABETH CARNEIRO DA SILVA MARTINEZ
VIVIAN ESTEVAM DA SILVA
ESTRUTURA DA LÍNGUA PORTUGUESA
SEGUNDA ARTICULAÇÃO
São Gonçalo
2012
ELIZABETH CARNEIRO DA SILVA MARTINEZ
VIVIAN ESTEVAM DA SILVA
ESTRUTURA DA LÍNGUA PORTUGUESA
SEGUNDA ARTICULAÇÃO
São Gonçalo
2012
CAMARA JR, José Mattoso, Estrutura da Língua Portuguesa. ( 31a Edição ) Editora Vozes, Petrópolis 2000.
IV
SONS VOCAIS ELEMENTARES
E FONEMAS
12. “A divisão mínima na segunda articulação da língua é a dos sons vocais elementares, que podem ser vogais ou consoantes. A divisão resulta de um processo psíquico da parte de quem fala e quem ouve. Na realidade física a emissão vocal é um contínuo, como assinalam quer os aparelhos acústicos, quer os aparelhos de registro articulatório. Já se trata, pois, de uma primeira abstração intuitiva do espírito humano em face da realidade física.Durante muito tempo, a LINGUÍSTICA se contentou com essa primeira e não-elaborada divisão, cujo estudo se chamou fonética. A partir dos fins do séc. XIX, com o lingüista russo Baudouin de Courtenay (1845-1929), professor sucessivamente na Universidade de Kazan e na Universidade de São Petersburgo (segundo o nome da cidade no tempo dos czares), e nos princípios do séc. XX com o lingüista franco-suíço Ferdinand de Saussure (18591913, de quem já falamos aqui, e ainda com o lingüista norte americano Edward Sapir (1884-1939), a quem também já nos referimos, deu se mais um passo no sentido da abstração psíquica, e criou-se, ao lado do som vocal elementar, o conceito de fonema, segundo o nome proposto por Baudouin. Esse conceito parte do princípio doutrinário de que no som vocal elementar o que realmente