Estrongiloidíase
A transmissão ocorre quando as larvas infectantes (filarioides), presentes no meio externo, penetram através da pele no homem, chegando aos pulmões, traqueia e epiglote, atingindo o trato digestivo, via descendente, onde se desenvolve o verme adulto. Os ovos eliminados pela fêmea eclodem rapidamente no intestino, liberando as larvas rabditoides que saem com as fezes. Essas larvas no meio exterior originam machos e fêmeas de vida livre e também as larvas filarioides infectantes. O período de incubação ocorre no prazo de 2 a 4 semanas entre a penetração através da pele e o aparecimento de larvas rabditoides nas fezes. Além disso, pode ocorrer a auto-infecção externa e interna. A auto-infecção externa ocorre quando as larvas rabditoides presentes em resíduos de fezes na região anal e perianal transformam-se em larvas filarioides infectantes e aí penetram pela mucosa retal; a auto-infecção interna ocorre no próprio intestino do indivíduo parasitado, quando as condições locais do intestino propiciam a transformação das larvas e invasão direta da mucosa pelas larvas infectantes.
A estrongiloidíase é frequentemente assintomática. Sua forma sintomática apresenta, inicialmente, alterações cutâneas e tosses mimetizando asma. As manifestações intestinais podem ser de média ou grande intensidade, com diarreia, dor abdominal e flatulência, acompanhadas ou não de anorexia, náusea, vômitos e dor epigástrica, que pode simular quadro de úlcera péptica. Os quadros de Estrongiloidíase grave (hiperinfecção) se caracterizam por febre, dor