Estrias
As estrias são definidas como atrofias cutâneas lineares que se formam quando a tensão do tecido provoca uma lesão do conectivo dérmico, ocasionando uma dilaceração das malhas. A perda da elasticidade e da compactação ocasiona precisamente uma lesão. É muito comum seu surgimento no sexo feminino, principalmente durante a puberdade, em decorrência do crescimento acelerado e no início da fase adulta podendo ser devido à obesidade ou por uma gravidez (MACEDO apud SANTOS e SIMÕES, 2004).
As estrias são causadas por uma atrofia tegumentar adquirida de aspecto linear, algo sinuosa de um ou mais milímetros de largura, perpendicularmente às linhas de fenda da pele, indicando um desequilíbrio elástico localizado, portanto, uma lesão da pele. São ditas atróficas, pois são causadas pela ruptura das fibras colágenas e elásticas da pele e, muitas vezes, com perda da coloração no local. Frequentemente são observadas em indivíduos obesos, durante a gravidez, em conexão com a síndrome de Cushing ou em pacientes tratados com corticóides (TOSCHI, 2004).
As estrias são desencadeadas por um conjunto de factores que não podem ser avaliados isoladamente. Kede classifica estes factores em três grupos: factores mecânicos, factores bioquímicos e predisposição genética. Os estrogênios causas elevação da taxa de ácido hialurônico, de condroitinossulfatos e de corticóides fluorados tornando a pele mais susceptível a trações cutâneas. (KEDE, 2004).
O surgimento dos sintomas iniciais são variáveis, sendo que os primeiros sinais clínicos podem ser caracterizados por: prurido, dor (em alguns casos) e erupção papular 2/3 plana e levemente eritematosa (rosada). As estrias são denominadas nessa fase inicial de rubras (striae rubrae). Na fase seguinte, onde o processo de formação já está praticamente estabelecido, as lesões tornam-se esbranquiçadas, quase nacaradas, sendo denominadas nessa fase de estria Alba (striae albae). Suas formas são variadas,