ESTRESSE NA ATIVIDADE POLICIAL
1 INTRODUÇÃO
O ritmo que a vida impõe ao indivíduo o faz ir tocando a vida, com um sorriso no rosto, dando “bom dia” aos vizinhos, enfrentando o trânsito, agüentando os pequenos e os grandes aborrecimentos, tentando esticar o salário mensalmente e, principalmente, cumprindo quase doze ou mais horas de trabalho diariamente, até que, repentinamente, alguma coisa acontece: o estresse.
A maneira como o ser humano responde às pressões é determinada por seu caráter e por suas (in)capacidades pessoais ou doenças, fatores que determinam como reagem à dificuldades em relacionamentos, tanto em casa como no ambiente de trabalho, no que merece especial destaque o trabalho policial, que segundo Lima (2002), “talvez seja a profissão mais complexa do mundo moderno”.
Desta forma, estudos verificaram que as patologias psicológicas estão diretamente relacionadas ao meio e conduta social do indivíduo.
A palavra “estresse” tem origem no inglês “stress” e modernamente é caracterizada como “um conjunto de reações orgânicas e psíquicas de adaptação que o organismo emite quando é exposto a qualquer estímulo que o excite, irrite, amedronte ou o faça muito feliz” (LIMA 2002, p.12).
Segundo Souza (2002, p.2 apud Pitliuk, 2008)1, estudos sobre o comportamento humano revelam que no momento em que o indivíduo coloca sua vida em risco, ele desenvolve um desequilíbrio biológico e que o estresse causa a alteração global do organismo para adaptar-se a uma situação nova ou às mudanças de um modo geral.
2 O ESTRESSE NO TRABALHO E SEUS EFEITOS FISIOLÓGICOS
2.1 Efeitos físicos e comportamentais do estresse
O pesquisador Ferreira (2000, p.335) define estresse como “um estado de tensão que causa uma ruptura no equilíbrio interno do organismo, ou seja, um estado de tensão patogênico do organismo”. Em outras palavras, o corpo humano quando submetido a longo período de estresse, sofre alterações na pulsação e pressão sanguínea, problemas de câncer, problemas