estreptococos
Introdução
Os estreptococos são bactérias Gram-positivas em forma de cocos que se dividem em apenas um plano. Como as bactérias não se separam facilmente após o plano de divisão, elas tendem a formar cadeias e, assim, podem diferenciar-se dos estafilococos que comumente se dividem em diferentes planos formando grupamentos semelhantes a cachos de uva. São catalase-negativos, o que também os diferencia dos estafilococos que são catalase positivos. Constituem a principal população de microrganismos da cavidade oral
(Streptococcus sanguis, Streptococcus mutans), além de
estarem envolvidos em diversas doenças.
Entre os sistemas de nomeclatura desenvolvidos para os estreptococos destacam-se aqueles baseados características hemolíticas (de acordo com o tipo de hemólise observado quando estreptococos são colocados em meios de cultura contendo ágar sangue) e antigênicas (de acordo com a composição antigênica, que é a base da classificação em grupos sorológicos de Lancefield).
Hemólise e estreptococos
Estudos mostraram que estreptococos isolados de doenças infecciosas de garganta e de pele freqüentemente provocam lise completa das células vermelhas do sangue (hemólise). Este fenômeno era identificado em meio ágar sangue como uma zona clara ao redor das colônias. Outros estreptococos provocavam um tipo de lise incompleta, na qual as células vermelhas se
retraem e se tornam esverdeadas (ocorre somente na presença de oxigênio devido à redução da hemoglobina). A hemólise incompleta é denominada alfa hemólise (α-hemólise) e os estreptococos que a produzem foram denominados
Streptococcus viridans, enquanto que a lise completa das células vermelhas foi denominada beta hemólise (β-hemólise)
e os organismos que a provocam
foram denominados Streptococcus hemolyticus. Atualmente sabemos que esses nomes são inadequados e que existem muitas espécies que causam hemólise alfa, outras causam hemólise beta e algumas espécies