Estratégias e trajetorias
As ciências sociais contemporâneas visualiza o sujeito como um personagem que entra em cena com seus desejos, sua individualidade, desconsiderando sua trajetória social em articulação com a sua trajetória individual ou familiar. Trajetórias: Não são caminhos prefixados pelas estruturas, nem processos de escolha livres. E uma construção e uma desconstrução de poderes, ela não é linear, mas um processo de mudanças. (ver Poder na pg.71).
Faleiros começa a trabalhar com a questão de dominantes e dominados. Para ele os dominantes podem construir sua trajetória mais autônoma, enquanto os dominados tem em sua trajetória a marca da exclusão social. O autor traz a que questão do patrimônio, segundo ele há patrimônios simbólicos que são vividos por dominantes e dominados, por exemplo: o futebol, a religião, nação. A vivência produz uma coesão social, mas não exclui a dominação.
Estratégias: São processos de articulação e mediação de poderes e mudança de relações de interesse, referencias e patrimônios e jogo, seja pelo recurso, pelas vantagens, patrimônios, ou pela efetivação de direitos.
Quando nos falamos em reproduzir-se estamos dizendo que somos capazes de atender as necessidades nas relações sociais, representar-se significa um processo de reconstrução de identidade.
As Estratégias e trajetórias não são processos mecânicos, mas contraditórios, não são lineares, mas implicam mudanças e decisões que fortalecem ou enfraquecem os processos de referencia, de autonomia, de atendimento as necessidades. Faleiros retorna a visão funcionalista que existia no serviço social, que via o encaminhamento como solução. E nada mais é que omissão, um jogo de empurra. No serviço social a linguagem não é o único instrumento, mas o trabalho complexo de relacionar, propor, acompanhar, avaliar e isso se implicar em trajetórias e estratégias. Nessa perspectiva funcionalista, integradora o serviço social não passaria de uma repetição de trajetórias de acordo