ESTRATÉGIAS GLOBAIS DAS EMPRESAS TRANSNACIONAIS DA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA NO BRASIL
A indústria brasileira de alimentos
Devido ao fato da sua produção estar direcionada para o consumidor final, do ponto de vista da concorrência, existe uma ampla variedade de produtos em função da grande segmentação do mercado em termos de níveis de renda dos consumidores. Nesse contexto, os atributos como: preço, marca, adequação ao uso e poder aquisitivo do consumidor são de maior importância para a competitividade destas indústrias. Isto resulta na existência de empresas que possuem atividades técnicas similares, buscando atuar em faixas de mercado bastante distintas (CRUZ-MOREIRA et al, 2000).
A partir dos anos 80, tanto nos setores de laticínios como também no de massas, biscoitos e chocolates, as empresas líderes internacionais aumentaram a agressividade de suas estratégias, lançando-se num intensivo processo de aquisições, incorporando empresas nacionais e cooperativas. Dispondo de amplo poder financeiro, essas empresas apostaram na aquisição de marcas conhecidas como meio mais rápido e eficaz para o seu abastecimento de matérias-primas, ou de se estabelecerem no mercado. Esses processos também ocorrem em outros países em desenvolvimento, indicando um padrão de concorrência que exige vantagens de custos e esforços de vendas, valorizando ao mesmo tempo o investimento externo (CRUZ-MOREIRA et al, 2000).
Mercado global
Nesse contexto de economia globalizada, as empresas precisam ser flexíveis e dinâmicas para responderem rapidamente as mudanças de mercado. Por um lado, a globalização oferece um alto potencial para um crescimento econômico significativo, mas ao mesmo tempo, expõe as empresas a uma pressão competitiva intensa. Deste modo, as empresas precisam adotar estratégias que estejam alinhadas a este mercado de economia de escala, produção e estrutura organizacional globalizada, para que continuem sobrevivendo neste contexto de supercompetitividade (CRUZ-MOREIRA