Estratégias de mensuração de atitudes
O conceito de atitudes está entre um dos mais importantes da psicologia social. A possibilidade de se explicar e predizer comportamentos a partir das atitudes é um motivador de inúmeros estudos. Em meados da década de 1930, Allport (1935) organizou várias definições de atitudes; essas definições encerravam quatro características fundamentais das atitudes. Assim, foi detectado um componente de organização de cognições de afetos positivos ou negativos, de tendências para se comportar de modo condizente em relação destas com um objeto social. As atitudes são predisposições aprendidas para responder de uma maneira favorável ou desfavorável com relação a um dado objeto. As atitudes também foram definidas em um modelo de três componentes como uma única definição: 1. Um componente afetivo (ou avaliativo) que reflete o fato de a pessoa gostar ou não da entidade ou situação. (ATITUDE) 2. Um componente cognitivo, que consiste nas crenças que a pessoa tem sobre a entidade ou situação. (CRENÇA) 3. Um componente comportamental, que representa as tendências comportamentais em relação à entidade ou situação. (INTENÇÃO COMPORTAMENTAL)
E, de acordo com esses conceitos, as atitudes são mensuradas. O estudo das atitudes de fato continua sendo um “aspecto vital da psicologia social contemporânea”. Allport afirma que a atitude é o mais indispensável construto da psicologia social e essa afirmação continua atual.
Eagly e Chaiken (1998) explicaram que, tradicionalmente as atitudes têm sido medidas em uma dimensão bipolar que varia de altamente favorável a altamente desfavorável em relação a um objeto atitudinal. Porém, podem-se empregar observações diretas do comportamento, que podem ser controladas ou não. Em suma, como explicaram Sherif e Cantril: “as atitudes se inferem de reações verbais ou não verbais das pessoas”.
Vários instrumentos têm sido utilizados para se medir atitudes, e veremos os mais comuns.