Estratégia competitiva
1. Introdução;
2. Meio ambiente operacional;
3. Indústria;
4. Fornecedores de recursos e órgãos normativos;
5. Modelo ampliado de estratégia competitiva.
Estratégia competitiva: uma ampliação do modelo de Porter
Wilson Rezende da Silva
1. INTRODUÇÃO
A ampla e abrangente literatura sobre planejamento estratégico e mais especificamente sobre estratégia competitiva (EC) recebeu com a publicação do livro de Michael
Porter uma contribuição de fundamental importância.
É um dos poucos modelos, ultimamente publicados, que leva a questão da EC para o locus onde efetivamente ela se desenrola, qual serja, no âmbito do mercado ou da indústria da qual a empresa faça parte.
O objetivo deste artigo é ampliar o escopo do referido modelo, partindo do pressuposto de que as forças básicas que interagem na EC de uma empresa ou das unidades estratégicas de negócios (UEN) de um conglomerado podem ser melhor apreendidas e sistematizadas a partir do entendimento da estrutura da indústria da qual faça parte.
Objetivaremos mostrar também que determinadas indústrias têm EC, que denominaremos de estratégia competitiva inerente (ECI), que são próprias da sua estrutura de mercado e que, de certa forma, independem dos objetivos explicitados da empresa.
Para compor este novo quadro, serão agregadas à formulação inicial as contribuições advindas da área de economia industrial, aqui baseadas principalmente em
M. C. Tavares, M. L. Possas, E. A. Guimarães e J. Bain.
Professor de planejamento estratégico na EAESP/FGV.
2. MEIO AMBIENTE OPERACIONAL
Denominaremos meio ambiente operacional (MAO) o conjunto de agentes, entidades e relações que estão próximos, mas fora do âmbito interno da empresa, cuja atuação e movimentação têm importantes reflexos sobre seu posicionamento e, em certo grau, sofrem também reflexos da atuação da empresa.
Este conjunto de agentes que formam o MAO e têm importância decisiva na EC das empresas é representado por três grupos: