Estratificação
«Os sociólogos falam em estratificação social para descrever as desigualdades que existem entre indivíduos e grupos nas sociedades humanas. Pensamos frequentemente em estratificação em termos deriqueza ou propriedade, mas ela também pode ocorrer com base noutros atributos como o género, a idade, a filiação religiosa ou a patente militar.
Os indivíduos e grupos gozam de um acesso (desigual) às recompensas, de acordo com a sua posição no esquema de estratificação. Assim, a forma mais simples de definir a estratificação consiste em vê-la como um sistema de desigualdades estruturadas entre diferentes agrupamentos de pessoas. Pode ser útil pensar-se na estratificação como uma sobreposição geológica de camadas de pedra sobre a superfície da terra. As sociedades podem ser vistas como constituindo ‘estratos’ hierarquizados, com os mais favorecidos no topo e os menos privilegiados perto do fundo.»
Anthony Giddens, Sociologia, 5ª edição, F. C. Gulbenkian, 2007, Lisboa, pág. 284.
«Podem distinguir-se quatro sistemas básicos de estratificação: a escravatura, as castas, os estados e as classes. Estes encontram-se algumas vezes em conjugação uns com os outros. A escravatura, por exemplo, coexistiu com as classes em Roma ou na Grécia Antiga, ou nos estados do sul dos EUA, antes da Guerra Civil Americana.»
A estratificação social indica a existência de diferenças, de desigualdades entre pessoas de uma determinada sociedade. Ela indica a existência de grupos de pessoas que ocupam posições diferentes. São três os principais tipos de estratificação social:
· Estratificação econômica: baseada na posse de bens materiais, fazendo com que haja pessoas ricas, pobres e em situação intermediária;
· Estratificação política: baseada na situação de mando na sociedade (grupos que têm e grupos que não têm poder);
· Estratificação profissional: baseada nos diferentes graus de importância atribuídos a cada profissional pela