Estrategias de concorrencia no ramo de supermercados
A modificação do equilíbrio de forças, provocada por mais um concorrente do setor, produziu, em meados de 2002, uma preocupação nos proprietários dos pequenos estabelecimentos com a sobrevivência dos negócios devido ao estreitamento do mercado. Essa preocupação serviu para confirmar um dos resultados de ampla pesquisa realizada pelo SEBRAE/RS, onde foram contatados os seguintes fatores limitantes do comercio varejista de mini supermercados da cidade de patos:
1ª) Falta de clientes;
2ª) Maus pagadores;
3ª) Falta de capital de giro;
4ª) Concorrência muito forte;
5ª) Recessão econômica do pais;
6ª) Falta de credito;
7ª) Problemas financeiros;
8ª) Ponto inadequado;
9ª) Carga tributaria elevada; Começava a ficar claro para os pequenos supermercadistas que a concorrência desproporcional em relação aos de maior porte colocava em evidencia o desconforto de outros pontos vulneráveis. Esses pontos comprometiam a eficiência operacional e a produtividade dos negócios, a saber: a presença de custos elevados de aquisição (inexistência de economias de escala); a falta de profissionalismo na condução dos negócios; a falta de clareza no posicionamento de um mercado extremamente competitivo e o baixo poder de barganha dos fornecedores para negociar preços e prazos favoráveis. A questão não residia no simples raciocínio de serem pequenos demais para o enfrentamento individualizado e direto de cada um diante da nova realidade do varejo local. Sensibilizados pela necessidade de união, os empresários de patos se posicionavam a favor da primeira compra conjunta, com vistas ao aproveitamento das vantagens proporcionadas pelo maior poder de compra entre eles. Outro ponto importante foi a necessidade de eles estabelecerem um fundamento mais solido para aquela iniciativa, de modo que pudesse se mostrar sustentável ao longo do tempo.