estrategias de alimentação
Ivan Pedro de O. Gomes1
1. INTRODUÇÃO
O principal objetivo dos sistemas de produção de leite é a produção econômica de produtos lácteos de alto valor nutricional para o homem, com o mínimo de impactos negativos na saúde animal e no meio ambiente.
Os consumidores desejam produtos de origem animal que contêm baixos níveis de gordura. Os teores de gordura e de proteína são determinados principalmente por fatores genéticos, porém podem ser modificados pela nutrição através de métodos que ajustam processos digestivos e metabólicos.
Vários critérios podem ser usados para definir o que é uma vaca de alta produção. Um critério que se aplica a vacas de todos os tamanhos com uma produção de leite de composição variável é: Uma vaca de alta produção é aquela que secreta 70 % do seu consumo diário total de energia líquida como leite, em um certo momento de sua lactação (DAVIS, 1993).
Devido ao grande volume de leite produzido, a alimentação adequada de vacas leiteiras exige, atualmente, um maior grau de complexidade, tanto na formulação das dietas como na forma de distribuição dos alimentos. O objetivo desse artigo é abordar algumas estratégias de alimentação para vacas leiteiras de alta produção.
2. SISTEMAS METABÓLICOS NOS RUMINANTES
Os ruminantes possuem dois diferentes sistemas metabólicos: os microorganismos ruminais e os tecidos do animal. A otimização da produtividade requer o fornecimento de quantidades adequadas e balanceadas de nutrientes para estes dois sistemas. A grande dificuldade é que os nutrientes requeridos pelos microorganismos ruminais e pelos tecidos do ruminante são diferentes.
A população microbiana do rúmen pode usar amônia, aminoácidos e peptídios como fontes de nitrogênio. Entretanto, os grupos funcionais de bactérias têm diferentes exigências de nitrogênio. As bactérias que fermentam celulose e hemicelulose (fermentadores de carboidratos
estruturais)