Estrategia A Relação entre a Inovação
Orientação Para o Mercado
Autoria: Denise Pereira Curi, Bruno Meili, Fernanda Aparecida Silveira Delfino, Guilherme Artur Falsetti,
Patricia Helena dos Santos Silva, Paulo Henrique Lenharo Faria
RESUMO
É perceptível o grande número de inovações em empresas de tecnologia, sobretudo após os anos
90, quando se iniciou o processo de privatização das empresas desse setor. Discute-se, contudo, a qualidade e a velocidade dessas inovações e, muitas vezes, o que desencadeia esse processo de inovação, uma vez que a desestatização teve como corolário o aumento da competitividade do mercado interno, ocasionado, especialmente, pela entrada de empresas – nacionais e transnacionais – as quais provocaram uma mudança substancial no forma de atuação das empresas do setor. A fim de entender a trajetória de inovação adotada pelas empresas do setor de telecomunicações recorreu-se a taxonomia de Pavitt (1984). Conclui-se, a partir da revisão da literatura desta autora, que as empresas deste setor poderiam ser classificadas como baseadas em ciência (science based). No entanto, dado ao aumento de competitividade do setor, questionou-se até que ponto as inovações seguiriam a trajetória tecnológica ou estariam baseadas na busca pelo atendimento às necessidades de seus clientes. Para tanto, buscou-se respostas nas teorias de
Orientação para o Mercado (Lambin, 2000, 2006; Narver e Slater, 1990; Day, 1994, 2001;
Deshpandé, Farley e Webster; 1993; Kohli e Jaworski 1990, 1993; e Curi, 2007) com o objetivo de encontrar subsídios que permitissem identificar a possível relação existente entre o foco no cliente e inovação. Desta forma, chegou-se ao objetivo deste trabalho de pesquisa que é entender se a inovação nas empresas de telecomunicação no Estado de São Paulo é influenciada pela orientação para o mercado. Para isso, foi adaptado o questionário da Pesquisa de Inovação