Estrategia de defesa
Mudança no panorama histórico e a necessidade de uma nova política de defesa Historicamente o Brasil sempre manteve seus meios de defesa de forma improvisada, fruto da herança deixada pelos portugueses. Embora Portugal fosse uma nação próspera dava pouca importância à proteção de suas riquezas. Esta doutrina de não preocupar-se com a defesa nacional foi com o tempo sendo assimilada pelos brasileiros, os quais passaram a possuir a mesma postura. Como conseqüência da indiferença brasileira a qualidade dos meios militares podemos constatar o surgimento de incidentes e conflitos em nossas fronteiras territoriais. Deste modo contrabandistas e guerrilheiros se instalaram nessas divisas, especialmente na Amazônia. Apesar de a inteligência militar saber de tais acontecimentos pouco podia fazer para combatê-los devido ao sucateamento do seu material. Para realizar a abordagem que se fazia necessária era imprescindível o reaparelhamento e capacitação do pessoal, que só seria possível com uma mobilização e mudança de opinião pública. Com a obsolescência rondando o setor, o governo planejou o reaparelhamento militar. Mas não saiu da intenção. Não havia vontade política. Apesar de o governo ter lançado uma Política de Defesa Nacional para servir de base ao planejamento militar esta foi considerada pelos analistas como peça de retórica política, pois não retratava o verdadeiro pensamento estratégico do Estado nem estava vinculado a nenhum projeto nacional maior, o documento não conseguiu obter no Parlamento orçamento para a sua implementação nem definiu o novo papel para as Forças Armadas. Além disso, a política de defesa aprovada tinha uma postura meramente dissuasória e priorizava a ação diplomática. No passado, tudo era organizado em função da guerra convencional.