estrangerismo
A primeira grande influência veio dos franceses. No começo do século passado, a burguesia paulistana e carioca, só falavam fazendo “biquinho”, para puxar o sotaque inexistente. Daí foi incorporado em nosso idioma palavras como: restaurant, filet, manchette, garçon, vernissage, écharpe, tricot, abajur, chofer, butique, laquê, bisturi, bureau, buquê, boné, toalete e purê.
Isso porque, a França do começo do século, era referência de elegância e sofisticação. Hoje, porém a referência é dos americanos, seja pelos filmes que nos tomaram de assalto ou pela sua influência econômica e sócio cultural.
Hoje não existe mais nenhuma forma de discriminação, todos podem usar termos derivados do inglês. Hoje a criança não vai brincar no parquinho, ela vai ao Playground, a cerveja depois do expediente é Happy hour, o restaurante de comidas rápidas é mais conhecido como Fast Food e por ai vai. Até o “Oxente”, dito pelos nordestinos, é uma variação abrasileirada do “Oh Shit”, dito pelos gringos que por lá passaram.
Como já dizia o dramaturgo e escritor brasileiro Nelson Rodriguês, “O Brasil sofre de complexo de Vira Lata, é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem”. Isso poderia explicar o fato de não termos tanto cuidado em preservar nossa cultura. Como todos nós sabemos que a árvore genealógica dos brasileiros, não é algo simples de ser decifrada, mas isso é devido o fato da miscigenação, pois o brasileiro não tem cara muito menos auto-imagem, todo mundo pode ser confundido com brasileiro, já percebeu?
Existe até pesquisas, que dizem que o brasileiro prefere marcas e lojas que tenham nomes estrangeiros como: Brooksfield, Calvin Klein, Marlboro, Burguer King, Mc Donald's, All Star, Nike entre outras