Estoque: custo de oportunidade e impacto sobre os indicadores financeiros
1. Introdução
Impacto nas Organizações
Atualmente, gerir estoques é cada vez mais lidar com o paradoxo de se manter o nível de serviço e, ao mesmo tempo, reduzir ao menor custo de estoque possível, sem a efetiva perda de qualidade, tarefa árdua por ser antagônica aos princípios da logística. Isto porque mesmo havendo considerável um aumento da eficiência operacional, ainda é primordial a manutenção de níveis mínimos de estoque, que é um ponto crítico para a redução de custos, pois representa tanto comprometimento das margens de lucro como valor imobilizado, o que remete à idéia do custo de oportunidade, quando são confrontados o cálculo do custo financeiro do estoque e o custo da venda perdida.
Devem ser analisados também aspectos relativos ao valor agregado do produto, a previsibilidade da demanda e a exigência do consumidor final sobre prazo de entrega e disponibilidade do produto.
Nossa proposta é avaliar as motivações para a contínua redução dos níveis de estoque sob a ótica do custo versus manutenção do nível de serviço, uma equação baseada em princípios de gestão moderna que contempla um conjunto de medidas capazes de tornar viável tal proposição.
2. Custo financeiro de estoque
2.1 Custo de oportunidade
Assim, Robinson Crusoe não paga dinheiro a ninguém, mas percebe que o custo de colher morangos pode ser considerado como sendo a quantidade de framboesas que ele poderia ter colhido ao mesmo tempo e com o mesmo esforço, ou como sendo do lazer sacrificado em troca dos morangos. Esse sacrifício de fazer outra coisa qualquer é chamada de “custo de oportunidade”.
Paul A. Samuelson
2.2 Enfoque econômico e contábil do custo de oportunidade
Sob o enfoque econômico, os seres humanos orientam suas decisões baseados na premissa da otimização, suportada pelas hipóteses da racionalidade objetiva e da liberdade de ação das pessoas. Ou seja, se