Estol e teoria do parafuso
Porto Alegre 08/04/13
Segundo o dicionário, estol (ou stall em inglês) é a situação em que um avião perde velocidade para além do ponto em que a diferença de pressão do ar nas asas não é suficiente para compensar o seu peso, levando-o a cair em vez de voar; perda de sustentação.
O estol ocorre com o aumento exagerado do angulo de ataque do avião. Pois conforme este ângulo vai aumentando, o descolamento da camada limite, ponto onde o fluxo de ar passa de linear para turbilhonado, vai movendo-se em direção ao bordo de ataque das asas, chegando a um ponto onde as asas tornam-se incapazes de gerar a diferença de pressão necessária e conseqüentemente incapazes de gerar a sustentação necessária para anular o peso do avião. Fazendo com que o mesmo não consiga mais se manter voando e venha a cair.
Para se recuperar do estol, devemos ceder o manche do avião, fazendo com que o ângulo de ataque diminua, em seguida aplicando potência e retornando para a atitude de voo nivelado ao atingir uma velocidade segura.
É possível reconhecer que o avião está se aproximando do estol com o aparecimento do "buffet", vibração causada pelo impacto do fluxo turbilhonado gerado pelas asas ao atingir o profundor do avião. Também existem outros sinais, como a redução da velocidade, os comandos do avião tornando-se sensíveis, e é claro, o alarme de estol.
Podemos dizer que existem dois tipos de estol nas asas. O de raiz, onde o avião perde a sustentação nas raízes das asas e o estol de ponta de asa, onde o avião perde a sustentação nas pontas das asas. O estol de ponta de asa deve sempre ser evitado, uma vez que uma das principais superfícies de comando, os ailerons, ficam localizados nas pontas das asas. Para evitar que o estol ocorra primeiramente nas pontas das asas, podemos utilizar algumas técnicas na fabricação do aerofólio como a torção da asa, uma peça colocada no bordo de ataque próximo a raiz, a forma