Estoicismo
Em decorrência direta das conquistas de Alexandre, o Grande (356-323 a.C.), que difundiram a cultura grega por todo o chamado mundo civilizado de sua época, a filosofia deixou de ser grega e tornou-se internacional. Nesse momento, surgiu uma escola filosófica que iria permanecer como uma linha organizada de pensamento durante nada menos que cinco séculos: o estoicismo.
A escola estóica recebe esse nome do local onde foi fundada, a porta pintada ("Stoa Poikile"), em Atenas, por Zenão de Cício, por volta de 300 a.C.. Zenão era fenício, como grande parte de seus colegas e discípulos. Se estes constituíram os primeiros estóicos, os últimos foram os romanos. Entre estes merece destaque especial Sêneca, não pela originalidade de suas idéias mas pela sua capacidade de expressá-las, que o tornou um dos grande nomes não só da filosofia, mas também da literatura latina.
Bem viver
Além de internacional, o estoicismo pregava o cosmopolitismo, considerando que o homem devia ser um cidadão do mundo. Da mesma maneira, atingia todas as classes sociais. Entre os grandes estóicos de Roma encontram-se o escravo Epicteto (55-135 d.C) e o imperador Marco Aurélio (121-180 d.C.).
Mas em que consiste a filosofia estóica e por que ela conseguiu vigorar durante tanto tempo? Em primeiro lugar, por que o estoicismo considerava que a ética e as questões morais, ou seja "a arte de bem viver", eram mais importantes do que as questões teóricas. Nesse sentido, era uma filosofia prática e os textos dos autores estóicos - guardadas as devidas proporções - se assemelham aos textos de auto-ajuda contemporâneos, na medida em que propunham maneiras de se atingir esse "bem viver".
Tudo tem um motivo
No entanto, esse "bem viver" dos estóicos está longe de ser uma