Estoicismo
Zenão, nascido em Cítio, na ilha de Chipre por volta de 333 a.C. É o fundador da mais famosa escola da época helenística no fim do século IV a.C. em Atenas. Conhecida como Estoá ou “Jardim”, por ocupar um pórtico pois, Zenão não era cidadão ateniense e não podia portanto, ter propriedades em Atenas. Seus seguidores foram chamados de “os da Estoá”, “os do Pórtico” ou de “Estóicos”.
Conhecia os antigos físicos e absorveu conceitos de Heráclito. Para Zenão a filosofia era a “arte de viver”, como em Epicuro. Fundamentava-se num universal materialismo e dispensava qualquer transcendência. Mas embora compartilhasse alguns conceitos com Epicuro, não aceitava algumas soluções epicúreias. Tornando-se um ferrenho opositor dos dogmas da escola. Não aceitava, por exemplo, a redução do mundo material, incluindo nele o homem, a um modelo acásico de concentração de matéria, nem a idéia da redução do bem ao prazer. Foi, juntamente com sua escola, quem derrubou muitas teses epicuristas. Apesar das diferenças, as duas escolas se moviam no mesmo plano de negação da transcendência e não em planos filosóficos diferentes. Admitia a discussão crítica dos dogmas dos fundadores e isso promoveu considerável evolução nas escola; ao contrário do ocorrido na escola epicuréia.
São identificados três períodos na história da Estoá:
1.“Antiga Estoá” - fins do século IV a todo o século III a.C. No qual a filosofia da escola foi desenvolvida e sistematizada pela tríade: Zenaõ, Cleato de Assos e Crísipo de Solis, o qual, fixou a doutrina deste primeiro estágio da escola.
2.“Média Estoá” - Desenvolve-se entre o século II e I a.C. E se caracteriza por infiltração eclética na doutrina.
3.“Nova Estoá” - conhecida também por Estoá romana, já na era cristã, na qual a doutrina faz-se essencialmente meditação moral com tons religiosos, acompanhando o espírito dos novos tempos.
A lógica estóica
Tanto o fundador, como sua escola, aceitam a tripartição da filosofia