Estimulação magnética
Raphael Boechat-Barrosa e Joaquim Pereira Brasil-Netoa a Laboratório de Neurociências e Comportamento, Departamento de Ciências Fisiológicas, Instituto de Biologia – Universidade de Brasília, DF, Brasil
Resumo Objetivo: A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) tem se mostrado útil como forma terapêutica para a depressão. Este artigo avalia os resulta- dos da aplicação da EMT de baixa freqüência, duas vezes por semana, durante quatro semanas, em 10 pacientes com depressão, não responsivos ou intolerantes à utilização de antidepressivos. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, ou não controlado, do tipo série de casos. Para diagnosticar a depressão, foram utilizados os critérios do DSM-IV. Com o intuito de avaliar uma possível melhora, utilizamos a escala de Hamilton-17 itens em três momentos: no início, meio e final do tratamento. Para análise estatística dos resultados, utilizamos o teste x2, de Friedman. Resultados: Foi observada melhora ≥ 50% na escala em cinco pacientes e ≥ 75% em três destes ao longo de todo o tratamento. Conclusões: O emprego da EMT de baixa freqüência, aplicada duas vezes por semana, pode ser seguro, prático e eficaz no tratamento da depressão, como um coadjuvante ao antidepressivo. Porém, não podemos afirmar se o efeito clínico apresentado se deve a uma potencialização dos antidepressivos ou a um efeito direto da EMT, já que esta não foi testada isoladamente.
Rev Estimulação Magnética Transcraniana na depressão / Boechat-Barros R & Brasil-Neto JP Bras Psiquiatr 2004;26(2):100-2 101 belecemos duas sessões por semana, com um intervalo de três dias entre elas. No restante, usamos os mesmos parâmetros desse estudo (descritos abaixo).
Método Este estudo foi desenhado como um estudo descritivo, ou seja, não controlado, do tipo série de casos. Neste