Estimação da idade de peixes
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A maioria dos peixes é coberta com escamas. O tronco e a cauda apresentam escamas finas, arredondadas, dérmicas, em fileiras longitudinais e diagonais, imbricadas. Cada uma situa-se numa bolsa dérmica e cresce durante a vida do animal, o que geralmente origina anéis de crescimento. A porção livre é coberta por uma fina camada de pele que protege de parasitas e doenças.
Segundo Sudo et al. (2002) as escamas são classificadas em três tipos: Placóides Ganóides – cobertas externamente com ganoína, uma substância dura, vítrea semelhante ao esmalte. Ctenóides – parte posterior exposta apresenta muitos espinhos pequenos. Ciclóides de cada escama
As escamas crescem durante a vida do animal, aumentando de tamanho juntamente como o peixe. Não há troca de tegumento, embora ocasionalmente escamas possam ser perdidas e substituídas. Em muitas espécies o crescimento determina o aparecimento de uma série de anéis concêntricos na margem da escama. Na primavera e no verão os anéis estão bem separados, mas, conforme o crescimento diminui ou cessa no inverno, eles se tornam menos numerosos e mais próximos um do outro formando uma linha de inverno.
Várias são as estruturas calcificadas que produzem incrementos periódicos úteis para a determinação da idade em peixes.
◦ Escamas, vértebras, raios de nadadeiras, opérculos e otólitos
A ocorrência de incremento diário nessas estruturas foi discutida primeiramente por Pannella (1971), em pescadaprateada (Merluccius bilinearis), merluza-vermelha (Urophycis chuss) e bacalhau (Gadus morhua). As escamas são de fácil coleta, preparação e análise (FERNANDES et al., 2002). Há possibilidade de distinção dos indivíduos criados em condições experimentais daqueles selvagens, através da diferença do modelo de deposição dos anéis das escamas, podendo auxiliar nas técnicas de manejo e biologia pesqueira (DOMINGUES e HAYASHI, 1998).
A comparação