Estilo gótico
Na História da Arte, o período conhecido como Gótico diz respeito às manifestações arquitetônicas e plásticas (pintura, escultura, iluminura, dentre outras) do período que vai do século XII até as primeiras décadas do século XVI.
Originou-se na Île-de-France e estendeu-se por toda a Europa: da Península Ibérica à Escandinávia, passando pela Irlanda, pelas ilhas de Chipre e Rodes até o Oriente Próximo. A arquitetura que veio a ser designada como "gótica" a partir da Renascença apresentou características peculiares em cada país europeu, ao longo de seus quatro séculos de duração.
A abóbada adotada na arquitetura gótica, e que constitui a característica principal deste estilo de construção, é a de nervuras. Esta difere da abóbada de arestas românica por deixar visíveis os arcos que compõem a estrutura. O arco ogival, diferente do arco pleno românico, permitia a construção desse novo tipo de abóbada e também de igrejas mais altas. As ogivas acentuam a impressão de altura e verticalidade.
A arquitetura gótica não almejou a obscuridade, como exemplo a Sainte-Chapelle. O uso da luz e a relação entre estrutura e aparência são únicos nesta arquitetura: se, na igreja românica, a luz contrasta com a substância táctil, sombria e pesada das paredes, na parede gótica a luz é filtrada através dela, permeando-a, absorvendo-a, transfigurando-a. A verticalidade é outra propriedade do estilo gótico, que propicia sensações de ausência gravitacional.
A nave central era merecedora de grande atenção entre os planejadores destas construções, pois quanto maior a altura desta, mais intensa seria a luz interior que, combinada aos vitrais conferia iluminação uniforme a todo o ambiente. Os idealizadores das catedrais entendiam a luz como elemento místico. Desejosos em propiciar caráter divino às construções, os mestres de obras não tardaram em buscar incessantemente a substituição das paredes por vitrais.
As particularidades arquitetônicas do estilo gótico em cada país são