Estatistica
Jorge Pedreira de Cerqueira, M.Sc
Toda organização produtora de bens ou serviços tem uma razão de ser bem definida, em geral, relacionada com a missão de atender à satisfação de seus clientes intencionais ou pretendidos. Seus processos visam gerar produtos destinados aos clientes, conforme os requisitos declarados e não declarados que foram identificados.
Os conceitos de produto e de clientes, todavia, podem ser ampliados para englobarem tudo aquilo que seja gerado nos processos ou atividades de uma organização. Poder-se-ia, então, estabelecer que produto seja qualquer resultado ou saída de uma atividade, dando ensejo à observação de que toda atividade gera produtos intencionais, mas também gera outros resultados não pretendidos que acabam impactando outras partes. Estas outras partes impactadas por produtos não pretendidos podem, portanto, ser considerados como clientes, pois acabam recebendo algo que provém do processo, apesar de não o desejarem.
Este é o caso, por exemplo, dos rejeitos e resíduos de toda sorte que saem dos processos produtivos e que impactam o meio ambiente e, por conseguinte, causam problemas nas comunidades internas e externas à organização. Este também é o caso dos problemas com a segurança que podem afetar a saúde dos trabalhadores envolvidos com as atividades da organização. A figura a seguir ajuda a percepção dos tipos de produtos gerados nos processos produtivos.
Fazendo um balanço entre a energias disponibilizadas, utilizadas e entregues pelos processos produtivos, pode-se observar que, de maneira geral, eles têm baixo rendimento. A energia que é entregue com o produto para o cliente é sempre muito menor do que aquela que é disponibilizada para o processo. Isto significa que grande parte da energia aplicada no processo se perde nas mais diversas formas, todas elas acabando por impactar o meio ambiente. Conseqüentemente, todo produto não pretendido gerado representa perda de