Estatistica Descritiva Unid II
Unidade II
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2 PROBABILIDADE
10 2.1 Panorama histórico
O estudo científico da probabilidade é um fato moderno.
Segundo Eves (2004), é surpreendente que os matemáticos tenham desenvolvido uma ciência (a teoria matemática das
15 probabilidades) que estabelece leis racionais para reger situações determinadas puramente pelo azar. No entanto, apesar dessa característica inusitada no âmbito das ciências, ela é de grande aplicação prática. As experiências efetuadas em grandes laboratórios, o planejamento de grandes empresas de seguro,
20 a logística de grandes empresas e estratégias de guerra, entre tantos outros exemplos, atestam sua aplicabilidade.
Em verdade, o ser humano faz uso dos princípios das probabilidades cotidianamente. Ao atravessar uma rua, por
25 exemplo, a pessoa faz uso de sua vivência para intuitivamente calcular a probabilidade de ser ou não atropelada. Inúmeras situações cotidianas são regidas por essas leis. A confiança no uso de elevadores, nas viagens aéreas, a carta esperada no jogo, a esperança de ganhar na Mega-Sena ou do time do coração
30 ser campeão, expectativa de sobrevida de doentes terminais, expectativa de uma gravidez evoluir satisfatoriamente etc. fazem parte do mesmo jogo de azar. Portanto, a utilização das ideias da probabilidade fazem parte da história do ser humano, mas as descrições matemáticas de uso nesses problemas só apareceram
35 por volta do final do século XV e início do século XVI, quando alguns matemáticos italianos tentaram avaliar as possibilidades em alguns jogos de azar, esclarece Eves (2004).
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Alguns filosófos gregos da Antiguidade, observa Eves
(2004), discutiram sobre necessidade e contingência longa e detalhadamente, mas sem nenhum cuidado matemático.
Girolamo Cardano tratou de alguns aspectos da probabilidade matemática, mas foi uma troca de correspondência entre dois matemáticos, Blaise Pascal e Pierre de Fermat, que lançou os fundamentos da moderna teoria das probabilidades,