estatica das estruturas
A ruptura planar ou em cunha em taludes altos que envolvam grande volume do maciço rochoso, só pode ocorrer com a presença de descontinuidades persistentes, tais como as falhas medianas e maiores, além de obedeceram às condições cinemáticas. Por outro lado, isto não é uma condição, pois há casos onde a superfície de ruptura planar ou em cunha é formada pela união de várias descontinuidades menores. Conforme a literatura, as rupturas planares e em cunha são mais comuns em nível de bancadas, onde estão governadas por descontinuidades menores, sejam falhas ou juntas.
A ruptura planar ocorre quando as descontinuidades tem a direção aproximadamente paralela à face do talude e mergulho menor que a face do talude permitindo o material acima da descontinuidade deslizar.A ruptura planar ocorre a partir da ação da gravidade, bem como da ação de outras forças, como pressão neutra e acelerações sísmicas, quando um bloco de rocha repousa sobre uma superfície de descontinuidade inclinada,que se encontra com liberdade cinemática de movimento.Na ruptura planar não há desenvolvimento de momentos que possam causar rotação do bloco, com a ruptura ocorrendo por deslizamento. A força peso do bloco instável, a força devido à pressão de água na superfície de deslizamento e a força devido à pressão da água na fenda de tração agem através do centro de massa instável. As condições preliminares necessárias para a ocorrência de uma ruptura planar podem ser resumidas em: A direção do plano de deslizamento deve ser praticamente paralela à direção da face do talude com uma diferença máxima de 20°; A descontinuidade deve interceptar a face do talude, ou seja, o ângulo de mergulho da descontinuidade deve ser menor que o da face do talude: d 1,0 e Ka < K0 < Kp
Para os diversos valores de ϕ, apresenta-se na tabela os coeficientes de empuxo ativo e passivo.
φ
Ka
Kp
0°
1,00
1,00
10°
0,70
1,42
20°
0,49
2,04
25°
0,41
2,47
30°
0,33
3,00
35°
0,27