Estasgio
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CitologiaAs características morfológicas das células do adenocarcinoma estão bem estabelecidas, mas certo número de casos escapa ao diagnostico citológico. A localização do tumor no canal endocervical ou a integridade do epitélio na superfície, observadas num certo numero de casos,explicam esses falso-negativos.
A utilização de escovas de diferentes modelos possibilitou o aumento do número de células endocervicais nas colheitas mas também aumentou os casos levando a problemas de diagnóstico diferencial entre atipias benignas (fenômenos de reparação) e malignas.
No carcinoma endocervical, as células tumorais apresentam em aglomerados densos, mostrando aspectos glandulares, acinosos e paliçádicos, com pseudo-estratificação e, às vezes, imagens em roseta com disposição papilar ou glandular.
Individualmente, as células têm aspectos cilíndricos ou cúbicos, com um núcleo excêntrico e com citoplasma claro. Os núcleos são relativamente e comprimidos uns nos outros,nas formas diferenciadas. Nas formas indiferenciadas, os núcleos são mais volumosos e com cromatina muito granulosa; a frequência da anisonucleose aumenta. Os macronucléolos estão presentes nos epiteliomas glandulares in situ e invasivos, e também na metaplásia atípica e nas lesões de reparação. Observou-se também algumas mitoses anormais.
A intensidade das anomalias citológicas é função do grau de diferenciação do tumor. Necrose e inflamação estão presentes nos esfregações. Podem se associar também atipias malpighianas mais ou menos severas.
O diagnóstico diferencial do adenocarcinoma leva em conta uma cervicite crônica, uma reação inflamatória de reparação e um carcinoma não queratinizado de células grandes. O caráter uniestratificado dos aglomerados, os limites citoplasmáticos nítido se o aspecto finamente granuloso da cromatina falam a favor de uma lesão benigna, mesmo que se observe uma anisocariose e nucléolos volumosos. Devem-se amiúde lançar mão da colposcopia e da biópsia para resolver