Estamira

Foucault em seu Livro a Historia da loucura diz que: A loucura existe em cada homem, porque é o homem que constitui a loucura e a verdade de si mesmo que ele acredita distinguir.

São chamados de loucos aqueles que usam roupas espalhafatosas, repetem gestos mecanicamente, falam sozinhos, tem tiques, acreditam em uma lógica particular normalmente os ditos loucos não agem normalmente.

“Hoje eu to jogando tudo fora Tudo que não presta mais Todo o lixo que juntei Nos meus becos e quintais” Gentil Loucura – Skank

A sociedade formada por comuns estabelece normas e padrões. Tudo que foge desses limites é estranhado, afugentado, escondido, trancafiado, reprimido, ovacionado, e com a loucura não é diferente não conseguem doma-la, impor limites, preferem trancá-la escondê-la, tratam como uma doença sem cura, uma maldição. Só que a loucura não é uma doença, uma praga ela não precisa ser escondida, trancada, dopada nem que sinta pena, dó. A loucura é livre é um jeito de ser, de viver, e ela sofre porque incomoda a sociedade e essa a repreende, a exclui e ignora seus sentimentos.

Isso é bem relatado no documentário sobre a vida de Estamira a historia de uma mulher ignorada pela sociedade, que vive nos lixões sem o mínimo e os comuns que se dizem tão equilibrados sensatos passam por ali e fazem como se aqueles não existissem.

“Tô falando de loucura Tô falando de viver Aura clara, sorte escura Descobrir o que se é, e ser”

Quando alguém insiste em um absurdo é chamado de louco, mas quando esse consegue convencer muita gente passa a ser chamado de líder, e quem insiste que as ideias do líder são absurdas é sempre chamando de louco. Simão Bacamarte o personagem do livro alienista escrito por Machado de Assis foi um líder, foi ele o responsável pela abertura do primeiro hospício do Brasil na cidade de Itaguaí ele usa de um dito conhecimento para trancar tudo que foge dos seus padrões com os dizeres de tratar. Depois de quase toda cidade já ter