estalações eletricas canteiro de obras
87.9% dos canteiros visitados tinham hastes cravadas em locais de permanência ou próximo ao trânsito de pessoas, partes vivas expostas, má organização e saturação do espaço interno dos quadros de distribuição.
A constatação é de uma pesquisa com 66 canteiros de obras de Recife realizada pela Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco.
O crescimento econômico do Brasil alavancou o número de construções em todo o território nacional, seja ele particular ou público. Não é difícil receber um folheto com o título: “a mais nova opção imobiliária”. A cada ano, novos edifícios são construídos prometendo ótimas opções de moradia ou de investimento. As ofertas, sempre sedutoras, prometem entregar o imóvel em poucos meses. No entanto, para que a obra saia no tempo determinado e com a qualidade desejada pelo cliente, fatores importantes devem ser realizados pelas construtoras, mas que nem sempre são lembrados durante a execução da obra.
Os canteiros de obras, apesar de ter uma vida útil predeterminada – pois serão desfeitos ao término da construção principal -, prestam papel fundamental para o andamento da obra: iluminação do local, energia para a ligação de máquinas e outros equipamentos, além das redes de água e esgoto para a obra e os trabalhadores. O problema é que, muitas vezes, as instalações elétricas dos canteiros de obras são negligenciadas com a utilização de materiais de pouca qualidade e instalações mal projetadas. Normas como a NR 10, NR 18 e a ABNT NBR 5410 visam à proteção contra choques elétricos nas instalações elétricas nos canteiros de obras, mas nem sempre são respeitadas.
São Paulo é referência quando o assunto é grandes construções – a exemplo de edifícios como o Itália (com 165 m de altura) e o Copan, considerado a maior estrutura de concreto amado do Brasil. Apesar de tantas referências, a situação das instalações elétricas nos canteiros de obra ainda não pode ser sinônimo