Estagio Supervisionado
Maria de Fátima Araújo Universidade Estadual Paulista
O conceito de diagnóstico tem origem na palavra grega diagnõstikós, que significa discernimento, faculdade de conhecer, de ver através de. Na forma como vem sendo utilizado, na atualidade, significa estudo aprofundado realizado com o objetivo de conhecer determinado fenômeno ou realidade, por meio de um conjunto de procedimentos teóricos, técnicos e metodológicos. Tradicionalmente usado na Medicina, o termo foi incorporado aos discursos e às práticas profissionais de diferentes áreas de conhecimento. No âmbito da Psicologia, as práticas de diagnóstico e avaliação psicológica tiveram, e têm ainda hoje, um papel fundamental na formação e constituição da identidade profissional do psicólogo. A avaliação psicológica é um procedimento clínico que envolve um corpo organizado de princípios teóricos, métodos e técnicas de investigação tanto da personalidade como de outras funções cognitivas, tais como: entrevista e observações clínicas, testes psicológicos, técnicas projetivas e outros procedimentos de investigação clínica, como jogos, desenhos, o contar estórias, o brincar etc.
O modelo fenomenológico
O psicodiagnóstico fenomenológico introduz algumas mudanças significativas no modelo proposto por Ocampo e Arzeno. Dentre suas inovações, destacam-se quatro características principais:
1. Considera o processo psicodiagnóstico uma prática interventiva: diagnóstico e intervenção são processos simultâneos e complementares; 2. Propõe que a devolução seja feita durante o processo e não ao final; 3. Enfatiza o sentido da experiência dos envolvi- dos no processo; 4. Redefine a relação paciente-psicólogo em termos de poder, papéis e realização de tarefas. No modelo fenomenológico, o cliente é um parceiro ativo e envolvido no trabalho de compreensão e eventual encaminhamento posterior. O psicólogo se afasta do lugar de técnico ou especialista detentor do saber