Estagio Supervisionado
Este texto trata das diferentes concepções de estágio supervisionado, presente nos cursos de formação de professores. Dentre as reflexões apresentadas, destacam-se as concepções de estágio como imitação de modelos, como instrumentalização técnica e a superação da separação entre teoria e prática.
A formação do futuro educador, muitas vezes, ocorre de uma maneira superficial, ou seja, a formação não é compatível com a prática em exercício, pois a idéia de bom professor é polissêmica passível de diferentes interpretações.
A prática como imitação de modelos pode ser considerada por alguns autores como um processo “artesanal” que caracteriza o modo tradicional de atuação docente, em que a realidade da formação prática torna – se imutável. Essa perspectiva esta ligada a uma concepção de professor que não valoriza a formação intelectual, reduzindo á profissão docente a uma mera reprodução de saberes práticos tornando assim, o estágio como imitação de modelos prontos.
A prática como instrumentalização técnica entende o professor como reprodutor de técnicas e este deve saber lançar mão adequadamente das habilidades de acordo com as diferentes situações em que o ensino ocorre, o que necessariamente implica a criação de novas atividades, ou seja, a partir da formação que recebe acumulará uma bagagem técnica suficiente.
A partir dessa concepção, surge a pedagogia compensatória que busca suprir o déficit de conhecimento dos professores utilizando técnicas, visto que, nessa perspectiva o profissional fica reduzido ao prático, não necessita dominar os conhecimentos científicos, mas tão somente as rotinas de intervenção técnica.
Entender a concepção de estágio, que une teoria e prática implica em não fragmenta – lá, pois isso resultaria o empobrecimento das práticas escolares. É necessário compreender que a profissão de educador intervém na realidade social por meio da educação, que ocorre essencialmente nas instituições de ensino,