Estagio de psicopedagogia clinica
1 Introdução
Os trabalhos sobre síndrome de Down surgiram há muitos anos, por volta do século XIX, e a cada dia novos estudos surgiram com propostas inovadoras sobre o assunto. No entanto, através de pesquisas realizadas sobre a evolução dos estudos sobre a síndrome, encontramos um fato muito interessante que é a imagem que a sociedade por muitos anos postulou aos sindrómicos:
Na cultura grega, especialmente na espartana, os indivíduos com deficiências não eram tolerados. A filosofia grega justificava tais atos cometidos contra os deficientes postulando que estas criaturas não eram humanas, mas um tipo de monstro a outras espécies (...). Na Idade Média, os portadores de deficiências foram considerados como produto da união entre uma mulher e o demônio. (SCHWARTZMAN, 1999, P. 3-4).
Por muitos anos, a criança Down era considerada como a retardada, a incapaz e em algumas sociedades era até mesmo considerada como mostro ou filha do demônio. Infelizmente, atualmente encontramos ainda algumas confusões sobre o conceito de Down, que é confundido com deficiente mental.
“A síndrome de Down é decorrente de um erro genético presente desde o momento concepção ou imediatamente após (...)” (Schwartzman, 1999, p. 3).
No entanto, como descreve Schwartzman (1999), sabemos atualmente que a síndrome se trata de uma alteração genética e que os portadores da síndrome, embora apresentem algumas dificuldades podem ter uma vida normal e realizar atividades diárias da mesma forma que outra pessoa. Não negamos a afirmação de que o Down apresenta algumas limitações e até mesmo precise de condições especiais para a aprendizagem, mas enfatizamos que estes através de estimulações adequadas podem se desenvolver.
As dificuldades de aprendizagem, os distúrbios de conduta, a problemática de sua integração completam, mas não esgotam o quadro da educação do aluno com síndrome de Down. (MILLS apud SCHWARTZMAN, 1999, p. 232).
O autor aborda em seu trabalho justamente a