Estados unidos
PROFº TARCÍLIO NUNES
GOVERNO RICHARD NIXON (R) (1969-1974)
A ascensão de Richard Nixon marcou o retorno dos republicanos ao poder e representou os anseios de uma fração expressiva da sociedade estadunidense que desejava o fim das turbulências sociais típicas da chamada contracultura no país. No plano externo o governo Nixon, embora anunciasse que ordenaria a retirada gradual das tropas estadunidenses do Vietnã, estendeu a intervenção militar ao Laos e ao Camboja, o que intensificou o conflito externo e agravou a pressão antibélica interna: oposição do Congresso, comícios, atos religiosos, vigílias e passeatas (Marchas da Morte), como a de 1971, em Washington, quando mais de 13 mil manifestantes foram presos. No entanto, essa pressão contrária de diversos setores da sociedade, o alto custo econômico do conflito e o número elevado de soldados estadunidenses mortos na Guerra do Vietnã levaram Nixon a assinar o Tratado de Paris (1973), o qual determinava a retirada das tropas dos EUA do Vietnã. O presidente Nixon, que teve no secretário de Estado Henry Kissinger eficiente colaborador, visitou a URSS e a China (1972), sendo a ida a Pequim o marco inicial do estabelecimento de relações diplomáticas com o governo de Mao Tsé-Tung e do fim de uma política de mútua hostilização. Neste sentido, Nixon ampliou a distensão política com o bloco socialista (“Détente”), assinando acordos para a realização conjunta de pesquisas,
empreendimentos técnicos e científicos, sobretudo com a URSS. Foi concluído o SALT-1, que previa a limitação de armas estratégicas (como as nucleares) das duas superpotências da Guerra Fria. Essa política de diminuição dos atritos com Moscou decorria das necessidades de reequilibrar a balança comercial deficitária dos EUA. A recessão econômica, entre
outros fatores, foi aprofundada pela alta inflacionária, pela elevação da taxa de desemprego e pela crescente concorrência de produtos estrangeiros – sobretudo japoneses