Estados de Consciência
A consciência em si refere-se à excitabilidade do sistema nervoso central aos estímulos externos e internos sob o ponto de vista quantitativo e, também, à capacidade de integração harmoniosa destes estímulos internos e externos, passados e presentes, sob o ponto de vista qualitativo.
A consciência em termos psicanalíticos é o conjunto de mecanismos psíquicos que se opõem à expressão das pulsões primárias. A primeira forma de consciência passa pelas interdições parentais recalcadas pela criança e consequente formação do superego.
A consciência reflete sempre a individualidade e unidade do ser humano e é obviamente lugar de todas as perceções, pensamentos e emoções do indivíduo.
A cada conteúdo psíquico, a cada estado e processo psíquico, corresponde num momento um certo grau ou nível de consciência. Este nível de consciência pode modificar-se com o tempo, independentemente do conteúdo. Assim, reconhecemos modificações quantitativas da consciência. Quanto à qualidade das vivências conscientes, embora sejam suscetíveis de transformação ilimitada, estão associadas às propriedades e capacidades individuais.
O estudo da consciência demonstra que não existem funções mentais, sejam intelectuais, afetivas, mnémicas independentes do contexto geral da vida psíquica. A decomposição analítica da consciência em fenômenos particulares e individualizados realiza-se apenas por necessidade metodológica e existe para facilitar o estudo da atividade psíquica.
Existem perturbações ao nível da consciência de dois tipos: no seu aspeto quantitativo e no seu aspeto qualitativo.
No aspeto qualitativo, existem três perturbações: a hipovigilidade, que se caracteriza pela dificuldade de concentração e de memorização; a lentificação e alteração do ritmo e do curso do pensamento, com prejuízo da fixação e da evocação da memória e de alguma desorientação e sonolência mais ou menos acentuada.
Estes estados estão presentes em situações de intoxicação por