Estado e o governo
A lógica do mercado não só permite como estimula os indivíduos a arriscar os seus recursos privados em empreendimentos econômicos diversos na procura de satisfação econômica. Por meio da competição, que é a regra básica do mercado, e da busca do lucro, que é a sua mola propulsora, o mercado acaba selecionando os “melhores” – isto é – aqueles que são economicamente mais fortes, mais produtivos, que fabricam produtos e prestam serviços de melhor qualidade e que oferecem preços mais baixos, eliminando assim os mais “fracos” e menos produtivos e competitivos.
Essa lógica levaria inexoravelmente à concentração crescente da riqueza nas mãos de um grupo cada vez menor, se não houvesse qualquer intervenção do Estado no funcionamento do mercado.
E esta contínua concentração da riqueza levaria à situação de monopólio, que por sua vez, levaria ao fim da concorrência e, consequentemente, do próprio mercado.
Assim podemos afirmar que o mercado é, portanto, um mecanismo bastante eficiente para acumular riquezas, mas requer sempre algum grau de intervenção do Estado para evitar a sua autodestruição. Como mecanismo que enseja o crescimento concentrado da riqueza, o mercado engendra e agudiza as desigualdades sociais, requerendo também a intervenção do EstadoUnidade 1 – Perspectiva teórica para a análise das relações entre Estado, governo e mercado
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Módulo Básico para criar um mínimo de igualdade entre os indivíduos, sem o que a vida em sociedade estaria comprometida.
O Estado figura como o contraponto indispensável ao mercado nas sociedades capitalistas.
A história também tem mostrado que, se por um lado, o