Estado e Violencia, uma analise sobre o Filosofo Bourdier
ESTADO E VIOLÊNCIA
Bourdieu tenta explicar as bases constitutivas do nosso próprio conhecimento e de como nós tendemos a enxergar as produções culturais. Contudo, o maior intuito de Bourdieu é mostrar que por trás de todo processo de conhecimento podemos encontrar uma violência simbólica, que se caracteriza pelo fato dela não ser percebida ou sentida, não podendo coloca-la no campo da consciência.
Segundo Bourdieu, quando estamos falando da produção de conhecimento de uma sociedade, essa produção pode ser dividida em áreas do saber (ciências). E, quando queremos analisar os produtos dessas áreas do saber, nos defrontamos com duas atitudes primordiais:
- Se você quer entender aquilo que uma ciência faz e aquilo que uma ciência produz, nós iriamos nos ater aos produtos dessa ciência.
- Se você quer entender aquilo que uma ciência faz ou produz, você deve vincular os produtos dessa ciência com o contexto social.
Assim, se nós queremos entender o que é o direito (ciência) e o que ele faz, precisamos nos aproximar das produções jurídicas, ou seja, as obras jurídicas, as leis, técnicas de produção legislativa, sentenças, pareceres. Diante desse manancial de elementos de pesquisa, eu posso afirmar que o direito é isso ou aquilo. Do outro ponto de vista, nós precisamos vincular as produções jurídicas a um determinado contexto (momento histórico, fatores econômicos ou políticos). Para Bourdieu, a primeira visão é internalista, a segunda, externalista.
Kelsen é o que maior representante da visão externalista, pois ele pretende estabelecer uma teoria pura do direito, ou seja, segundo a teoria dele, para se entender o direito, basta chegar a lei.
Bourdieu não segue nenhuma das duas visões, pois para ele não seria possível ter uma compreensão exata do que uma ciência faz se adotarmos uma ou outra teoria, vez que uma recusa a especificidade de uma produção e a outra se apega internamente a ela. Assim, para Bourdieu é preciso produzir uma ciência da