Estado e sociedade, por marx, weber e gramsci
Marx formulou seus princípios sobre o Estado sob o enfoque dos aspectos econômicos do sistema capitalista, notadamente no que se refere às relações de produção e à conseqüente dominação da burguesia sobre o proletariado. O Estado, segundo o autor, que deveria diminuir as diferenças sociais, era instrumento de vontades da elite.
O cerne da crítica ao sistema capitalista, então, vai recair na acumulação de riquezas que, provocada pela produção de excedentes, culmina com o surgimento das classes sociais e da propriedade privada. E é nesse cenário que vão se desenvolver as lutas de classe, e que o Estado, utilizando-se de suas prerrogativas, e a pretexto de assegurar a ordem, vai reprimir as manifestações contrárias por meio da violência, ratificando o posicionamento da burguesia.
Assim, para Marx, o Estado é um mal que está á mercê da classe dominante e de seus interesses econômicos e que por ela é controlado. A conquista do Estado pelo proletariado torna-se, em sua perspectiva, um passo para a emancipação dos proletários e o fim da propriedade privada. Com o Estado nas mãos do proletariado, esses conseguiriam imprimir na sociedade uma cultura diferente daquela imposta pela burguesia, reduzindo as diferenças sociais e, por conseguinte, os conflitos.
Marx atribui os conflitos existentes em sua época a uma só causa: as diferenças sociais. Nesse sentido, a existência do Estado só se justifica em razão dos conflitos existentes. Assim, superados os conflitos e estando os meios de produção sob controle de associações, a sociedade poderia prescindir do Estado.
A interpretação do autor para os fatos da época, ao que sugere, não distingue a forma da essência. O Estado de Marx, que utiliza a opressão para assegurar a dominação imposta pela elite, é o Estado concebido por essa mesma elite, sem nenhum vestígio de pluralidade. Ele não só reflete os interesses econômicos da classe dominante como personifica, em sua essência, a