Estado e Economia
O principal teórico do liberalismo econômico é o filósofo e economista escocês Adam Smith (1723-1790). Influenciado pelo pensamento fisiocrata, Smith é considerado o pai da teoria liberal, uma vez que são dele os principais fundamentos teóricos do liberalismo econômico. A teoria liberal clássica de Adam Smith ancora-se em quatro princípios: 1- a defesa da propriedade privada; 2- a liberdade econômica, onde a oferta e a procura seriam as únicas leis capazes de controlar os preços das mercadorias; 3- a participação mínima dos Estados nos assuntos econômicos da nação, isto é, um governo economicamente limitado e restrito a ser basicamente um incentivador quando o capital particular não conseguir desenvolver por si só um determinado setor (Estado mínimo); 4- a igualdade perante a lei (Estado de Direito).
A teoria liberal de Adam Smith, ao considerar o trabalho em geral como a verdadeira fonte de riqueza da nação, foi de fundamental importância para o desenvolvimento e consolidação do capitalismo e da economia de mercado nos séculos 19 e 20, sobretudo a sua concepção sobre divisão social do trabalho que garantia a redução dos custos de produção e, consequentemente, a queda dos preços das mercadorias.
O recém-eleito presidente dos EUA Franklin Roosevelt rompeu com os princípios do liberalismo clássico e adotou as ideias defendidas pelo economista inglêsJohn Maynard Keynes. Assim, uma série de medidas, conhecidas como New Deal (Novo Acordo), foi tomada no sentido de recuperar a economia norte-americana.
A proposta do economista John Keynes consistia numa revisão das teorias liberais, assumindo uma postura mais crítica frente à economia capitalista. Para tanto, a teoria keynesiana pregava uma maior participação do Estado na economia das nações. Keynes também defendia o pleno emprego, isto é, caberia ao governo criar oportunidades reais de trabalho por meio de obras públicas como a construção de hidrelétricas,