A politica economica do MFA ( movimento das forças armadas ) dirigia-se a um país onde a crise financeira e economica crescia sob os efeitos da recessão mundial e do aumento das despesas militares. Os objetivos do programa do MFA apontavam para uma democratização não só politica, mas tambem dos direitos economicos e sociais. O primeiro governo provisorio comprometia-se a lançar os fundamentos de uma nova politica economica, com “a extinção progressiva do sistema corporativo e a sua substituição por um aparelho administrativo adaptado as novas realidades politicas, economicas e sociais” bem como uma “reforma geral da estrutura agraria”. As primeiras medidas de emergencia de congelamento de preços e combate á inflação e fuga de capitais foram acompanhadas pela imediata conquista do direito á greve e á liberdade sindical pelos trabalhadores. Estas medidas tiveram como objetivo a destruição dos grandes grupos económicos, considerados monopolistas, a apropriação, pelo Estado, dos setores-chave da economia e o reforço dos direitos dos trabalhadores. Houve tambem movimentos que procuraram resolver problemas de habitação. Este movimento foi acompanhado pela espontanea formação de comissoes de moradores que eram apoiadas pelos grupos de esquerda radical e tambem por gente do PS apesar de a certa altura fosse proibido de fazê-lo. Para alem disto haviam tambem conflitos nas empresas em vários sectores. Foram adoptadas diferentes formas de luta, entre as quais a ocupação das empresas (isto derivado ao nao pagamento dos salarios, á retirada de material e ao abandono pelos proprietarios) pondo em pratica experiencias de autogestao com a organização de plenarios e comissoes de trabalhadores. A nacionalização da banca e das companhias de seguro aconteceu depois dos 11 de março. Logo no rescaldo do golpe, aprova-se a nacionalização de todas as instituições financeiras. No mês seguinte, um novo decreto-lei determina a nacionalização das grandes