Estado moderno
Hobbes, Locke, Kant, Rosseau e Marx
O filósofo inglês Thomas Hobbes nos séculos XVII e XVIII apresenta uma formulação mais completa aos fundamentos da teoria moderna do Estado, que se iniciam na França em 1576 com Jean Bodim. Hobbes é o primeiro a teorizar a autonomia e a soberania do Estado moderno, afirma que o Estado é construído essencialmente pelo poder e que nem o território, nem o povo definem o Estado tanto quanto o poder, pois a soberania é o alicerce da estrutura do Estado, da qual dependem os magistrados, as leis, as ordenações e que também é a única ligação que transforma num único corpo perfeito (o Estado) as famílias, os indivíduos, os grupos separados. O Estado para Bodim é poder absoluto, é a coesão de todos os elementos da sociedade (Gruppi, 1980). Já a partir da segunda metade do século XVI, o inglês John Locke numa concepção burguesa, funda o empirismo filosófico moderno e torna-se o teórico da revolução liberal inglesa. Assegurar que os homens se juntam em sociedade política e submetem-se a um governo com a finalidade principal de conservarem suas propriedades. O Estado natural (isto é a falta de um Estado) não garante a propriedade, a segurança da propriedade, e entre os homens se estabelece um contrato que origina tanto a sociedade, como também o Estado e que (as duas coisas vão juntas), logo fica evidente a base burguesa, dessa concepção. É nesta sociedade que nasceu o mercado, onde a relação humana se dá entre os indivíduos que estabelecem entre si contratos de compra e de venda, de transferência de propriedades, etc. este fato egoísta da sociedade burguesa, alicerçada nas relações mercantis e de contrato, é que se expressa a ideologia política, na concepção do Estado. Isso representa o típico individualismo burguês, onde o individuo humano preexistiria ao Estado, de que os homens partiriam de uma condição natural em que são indivíduos soltos (esta leitura para Marx representa o contrário, pois