Estado laico
O Estado Laico consiste em o poder estadual ser neutro em relação às questões religiosas. Atualmente, o Brasil declara sua ordem governamental como laica. Mas será que essa perspectiva de governo é realmente praticada? No dia 14 de maio, foi aprovada a resolução de que os cartórios nacionais devem realizar o casamento homoafetivo, e o projeto, como tantos outros, gerou muita polemica. O Brasil tem a maioria de sua população cristã, cerca de 87% segundo dados do IBGE de 2012. Sendo assim, as medidas nacionais são massivamente influenciadas pela religião, que muitas vezes é usada como ferramenta para a conquista de votos entre alguns políticos. A questão é: até quando haverá a interferência cosmológica nos projetos de leis do nosso estado que é secular? O direito do casamento gay não é de ordem religiosa. Nenhum integrante da nossa sociedade é obrigado a seguir qualquer religião ou seita. Trata-se de um livre arbítrio, cada individuo faz o que quiser desde que isso não interfira nas decisões de um segundo. Pessoas que são homossexuais têm o direito social, de terem laços matrimoniais, assim como a mulher tem o direito de ser dona do seu próprio corpo e realizar o aborto.
A religião, por sua vez, não está fora da sua razão em estabelecer quais são as regras para ingressar nela, até porque o estado laico não é um “estado a-religioso”, mas quem deve seguir essas leis são os praticantes, apenas eles. O casamento existe desde que existe o ser humano moderno -há 40 mil anos- e independentemente do Estado ou de qualquer religião. Então todos têm direitos sociais, que podem ser aceitos, ou não, por determinados grupos.