Estado Islãmico

A diversidade étnica, desde tempos remotos vem apresentando se como ponto de divergências entre o entendimento e convivência mutua em diversas civilizações. A tarefa de conviver pacificamente em comunidade, com próximos que não compartilham totalmente de ideais políticos e religiosos, parece ser árdua para muitos. O problema se torna ainda maior, quando nota se a influencia de um comumente falso fator de legitimação. A superioridade da raça ariana legitimada pela ciência, a incapacidade intelectual dos nativos americanos, a heresia dos que não seguem o islã; todas essas foram justificativas para atos de violência, que ao contrário do que pregavam, tornaram apenas o mundo pior. O IS clama por um mundo islâmico, o qual teve um longo período de glorias e sofreu nas ultimas décadas, imensa repressão e contenção, consequentes da externalização do mundo ocidental.

No auge do poderio islâmico, apenas uma civilização lhe era comparável em nível, qualidade e variedade de realizações; tratava se evidentemente da China. Mas a civilização chinesa permanecia essencialmente local, limitada a uma só região, a Ásia oriental, e a um só grupo racial. Era exportadora em certo grau, mas apenas para povos vizinhos e aparentados. O islã em contraposição criou uma civilização mundial, pluriétnica, multirracial, internacional, poderíamos dizer até intercontinental. (LEWIS, Bernard. 2002)

É claro que essa pressão ocidental trouxe uma necessidade de reafirmação para aqueles que prezam pela sua cultura, por sua historia e respeitam seus princípios, e não podemos invalidar seus atos de afirmação, pois julgaram se essenciais para as circunstancias, como meio de não deixar que sua cultura morresse. A ISIS, no entanto choca muito mais mostrando de forma fria e banal a morte daqueles que se opõe aos seus ideais. Os engajados mostram agora o lado muçulmano da intolerância. O corão em momento algum torna inviável a coexistência entre muçulmanos e crentes adversos, a